domingo, 21 de junho de 2009

FOTOS DO I FÓRUM DE APRENDIZAGEM


Profº Adimário Rocha Barreto
Diretor da Diretoria Regional de Planaltina-DF




Palestrante
Profª Carmyra Oliveira Batista

Dr. Ademar Silva de Vasconcelos
Juiz Diretor do Fórum de Planaltina-DF

Maria do Rosário
(Representante da AMAGIS)

Valmir - Gerente do BRB
Parceiro e Colaborador do Evento
















terça-feira, 9 de junho de 2009

I FÓRUM DE APRENDIZAGEM DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE PLANALTINA



I Fórum de Aprendizagem
das Escolas Públicas de Planaltina


Avaliação Formativa: Princípios e Práticas

Com

Carmyra Oliveira Batista

Professora da Rede Pública do Distrito Federal, Doutora em Educação pela UNB, integrante do grupo de Pesquisa- Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico -GEPA, cadastrado no CNPq.

Dia 17 de junho de 2009, no Tribunal do Júri,
Localizado no Fórum de Planaltina
(ao lado da rodoviária)
Horários: 08h30 (matutino)
13h30 (vespertino)

Público alvo: professores e coordenadores das séries/anos iniciais









sexta-feira, 5 de junho de 2009

ORIENTAÇÕES PARA O USO DA FICHA DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NO BIA DA DRE DE PLANALTINA


ICÔNICO:

- A criança acredita que escrever é desenhar o objeto.







PRÉ SILÁBICO I:

- Reproduz mecanicamente os movimentos do adulto para escrever, faz grafismos ondulados ou não (escrita cursiva ou imprensa);

- surge a hipótese do realismo nominal (coisa grande escreve-se grande e coisa pequena escreve-se pequeno).

Ex:















PRÉ SILÁBICO II:




-Utiliza mais de três letras em seus escritos, acredita que com menos de três letras não dá para ler;

-Diferencia a escrita das palavras, variando a posição das letras.

-Vivencia a hipótese quantitativa e qualitativa;

Ex:












SILÁBICO:

- A criança percebe que a escrita de palavras representa a fala, percebe a sílaba oral.

-Na escrita de palavras utiliza uma letra representando uma sílaba.

-Na escrita de frases utiliza uma letra para cada palavra.

- Inicia a fonetização da escrita (descoberta dos sons da fala), que vai culminar no nível alfabético.

Ex:







SILÁBICO ALFABÉTICO:

- Surge o conflito entre a hipótese silábica e a exigência mínima de caracteres na palavra. Ela descobre que a sílaba não pode ser considerada como unidade, mas que ela é composta de elementos menores – as letras.

-Grafa algumas sílabas completas e outras incompletas. Inicias a leitura de textos, palavras e livrinhos de literatura com soletração ou não.

Ex:










ALFABÉTICO:

- Faz análise sonora dos fonemas, das letras e das palavras, descobre que cada letra corresponde a valores menores que a sílaba;
-Concentra-se na sílaba para escrever. As unidades lingüísticas (palavras e sílabas) são tratadas como categorias estáveis.
- Lê e escreve pequenos textos. A partir do nível alfabético, surgirão as dificuldades relativas a ortografia.
Ex:














NÍVEL OTRTOGRÁFICO

ORTOGRÁFICO I –

FALHAS DE 1ª ORDEM

-O aprendiz encontra-se na fase de dominar as capacidades prévias para a alfabetização.
-- Leitura lenta e com soletração de cada sílaba;
--Escrita com falhas na correspondência linear entre as sequências dos sons e a sequência de letras: repetição de letras (ppai em vez de pai, meeu em vez de meu),omissões de letras (trs em vez de três, pota em vez de porta), trocas na ordem das letra (parto em vez de prato, sadia em vez de saída), falhas decorrentes do conhecimento inseguro no formato de cada letra (rano em vez de ramo, láquis em vez de lápis, eua em lugar de lua), falhas decorrentes da incapacidade de classificar um traço distintivo (sabo em vez de sapo, gado em vez de gato, pita em vez de fita).





ORTOGRÁFICO II –

FALHAS DE 2ª ORDEM

- O aprendiz acredita que cada letra representa um som e cada som representa uma letra, ignora as particularidades na distribuição das letras.
- Na leitura pronuncia cada letra escandindo-a no seu valor central.
- A escrita é como a transição fonética da fala. As falhas típicas são: matu em vez de mato, bodi em vez de bode, tenpo em vez de tempo, azma em vez de asma, genrro em vez de genro, eles falão em vês de eles falam.

ORTOGRÁFICO III –


FALHAS DE 3ª ORDEM

- Esta terceira etapa dura a vida toda, ninguém escapa de um momento de insegurança sobre a ortografia correta de uma palavra rara.
- Existem palavras que um som é representado por mais de uma letra, nesses casos o aprendiz deverá resignar-se a memorizar a escolha certa da letra, individualmente para cada palavra.
- Na escrita, suas falhas se limitarão às trocas entre letras concorrentes: açado em vez de assado, trese em vez de treze, acim em vez de assim, jigante em vez de gigante, xinelo em vez de chinelo, chingou em vez de xingou, puresa em vez de pureza, sau em vez de sal, craro em vez de claro, oprearo em vêsz de operário.
- Na leitura em voz alta, o aprendiz já é capaz de pronunciar as palavras de maneira natural, reduzindo devidamente as vogais finais.

- SERÁ CONSIDERADO ALFABETIZADO AQUELE CUJA ESCRITA SÓ RESTAREM FALHAS DE TERCEIRA ORDEM, que serão superadas gradativamente, com a prática da leitura e da escrita.




Obs:
É de fundamental importância que o professor saiba diagnosticar e avaliar as falhas de escrita cometidas por seus alunos, aproveitando-as como evidência do patamar de saber já atingido e ainda por atingir.
Sugerimos uma leitura detalhada do capítulo 6, muita atenção na página 219 da obra Psicogênese da Língua Escrita (Ferreiro e Teberoshy), veja como a Lingüística nos dará um suporte interessante para nosso trabalho com o aluno.

¨UMA EXPRESSÃO ESPONTÂNEA, CRIATIVA E CHEIA DE FALHAS DE TERCEIRA ORDEM, É PREFERÍVEL A UMA ESCRITA CORRETA E ATADA¨. Mirian Lemle.

A avaliação deve auxiliar para que o professor possa identificar a hipótese do aluno quanto a escrita e leitura de letras, palavras e textos, conforme a ficha em anexo.



Sugestões para avaliação:

1. Escolha de um campo semântico (flores, frutas, etc), não deve ser do repertório escolar usual de cartilhas usadas pelas crianças.

2. O teste das palavras deve começar com uma dissílaba porque, dependendo do nível da criança, ela não admite palavras com menos de três letras, outra trissílaba, outra polissílaba, outra monossílaba.

3. Escrita de uma frase, onde se repete a palavra dissílaba para verificar se o aluno mantêm a mesma escrita;

4. Produção de um texto. (o professor escolhe a técnica ), reconto de uma história, produção a vista de gravuras, o professor dá pistas para o aluno produzir o texto, etc, não perdendo de vista o campo semântico escolhido.

5. Sugerimos a confecção de um portifolio ou caderninho de cada aluno, para que seja observado a evolução da leitura e escrita do aluno.

Referencial bibliográfico
Psicogênese da Língua escrita, Ferreiro Emilia e Teberosky Ana, edição comemorativa dos 20 anos de publicação;
Guia Teórico do alfabetizador, Lemle Mirian, 9ª edição.